Sou moralista do século 21

apresentação de opiniões pessoais


Sou moralista de acordo com minhas ideias e ideais

 

Nasci e vivi em tempos remotos. Aprendi a importância absoluta de viver com padrões morais e éticos. Consegui?

Vivenciei tempos em que a moral democrática era confusa. Ideologias diziam-se democráticas e quando podiam se transformavam em ditaduras ferozes. O Brasil fez “Marchas da Família com Deus pela Liberdade” (s.d.) e caímos em uma ditadura com episódios de tortura, pena de morte, censura, humilhações, perseguições covardes etc.

O s governantes queriam apagar os ideais democráticos anteriores assim como a áurea de ditadores trabalhistas (ou fascistas).

Foi quando as pornochanchadas substituíram o Cinema Novo, o Teatro foi amordaçado, reportagens e programas ufanistas seguiam cartilhas malfeitas.

Educação Cívica era imposta, que civismo?

Salvar almas foi a lógica da escravidão.

A favor dos cristãos e de outros religiosos batizamos africanos[1][2]...

Agora sabemos que a Liberdade custa caro, mas merece todas as lutas.

A Fraternidade é essencial à vida de um povo, utopia?

Igualdade tem muitos padrões, qual será o brasileiro? a Igualdade possível e saudável? 

Aprendemos muito, quem?

Soubemos que o que era bom para os EUA seria bom para nós, perdemos autonomia pois ditaduras em países desarmados dependem de tutela estrangeira.

A “Democracia” voltou conduzida por idealistas e oportunistas. Descobrimos a qualidade daqueles políticos. ganhamos a Constituição Cidadã que pretendia devolver a cidadania ao povo brasileiro. A miséria é cidadã?

O deserto intelectual tem oásis[3]. Se não existissem estaríamos vivendo sob teocracias milenares.

Envelhecemos, e agora?

Aprendi a duvidar até da minha sombra. aprendi que apesar das dúvidas devemos ter propostas. sei que devemos sugerir caminhos.

Sem destino não teremos porto seguro.

felizmente sobrevivemos procurando bons padrões éticos.

Eu e mina esposa não aceitamos o aborto; fizemos tudo o que era possível para criar nossos filhos; superamos armadilhas da vida; aprendemos muito.

A felicidade custa caro.

Temos família, que maravilha! Talvez em nosso mundinho possamos transmitir uma boa educação.

Essa é a última esperança...

sou moralista sim, a moral é vase da Ética e tive excelentes professores em meus tempos colegiais.

Com certeza usei minha interpretação do que aprendi e assim mudei muita coisa, especialmente as relativas à vida sexual e espiritual.

Toda religião[4] desenvolve seu código moral (Rabelo, 2012), eu tenho a minha sem nome.

Fiz meu catecismo.

Felizmente agora podemos estudar melhor, aprender muito mais graças aos sistemas WEB, acima de tudo [5] [6][7][8][9][10]

Todo ser humano pensante desenvolve sua religião, moral, ética.

A pluralidade não invalida adjetivos responsáveis e tolerantes.

Note-se que existem moralistas a partir de suas ideologias, creio que nossos dicionaristas não concordam, mas esse é meu dicionário (Moralismo, s.d.).

A partir de q de abril de 1964 todos os patriotas e humanistas brasileiros se tornaram revolucionários. a Revolução, pelo nome que se intitulou, foi, naturalmente feita por revolucionários.

Contra o Golpe, como aqueles que discordaram da Revolução, criou revolucionários.

Conheci muitos subversivos. Jovens, corajosos, ingênuos. Deles sobraram livros, teses, registros.   Em grande parte, estudantes e até universitários gostavam de escrever teses... quem sobreviveu às lutas agora é idoso ou idosa.

Mas luta continua (JARDIM, 2019), luta de propostas e ainda perigosa. infelizmente vivemos ações violentas contra aqueles que discordavam de Jair Messias Bolsonaro.

Dizem que nascemos revolucionários e morremos conservadores. afinal se existe um motivo para morrer em defesa dela é a própria família.

o universo começa pelo indivíduo e se espraias pelo infinito, mas quem está preocupado com a política dos marcianos?

Felizmente amadurecemos, é tempo de escrever, deixar teses para nossos descendentes.

Em tempo, como é bom saber que existe vida além daqueles que simplesmente esperam o Poder a favor deles.

Obras Citadas

JARDIM, A. S. (24 de 12 de 2019). DEMOCRACIA É INCOMPATÍVEL COM ESTE OBSCURANTISMO. Fonte: Empório do Direito: https://emporiododireito.com.br/leitura/democracia-e-incompativel-com-este-obscurantismo

Moralismo. (s.d.). Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre: https://pt.wikipedia.org/wiki/Moralismo

Rabelo, A. (24 de 2 de 2012). O que religião tem a ver com moralidade? Fonte: ScienceBlogs: https://www.blogs.unicamp.br/socialmente/2012/02/24/o-que-religiao-tem-a-ver-com-moralidade/

 

 

João Carlos Cascaes

Curitiba, 25 de dez 2021



[1] João José Reis (2005, p. 25) afirma que pouco se sabe sobre a história das religiões afro-brasileiras no século 19. Informações sobre os adeptos dessas religiões aparecem frequentemente em dois tipos de fontes: os registros policiais e as notícias de jornal. É sabido que na segunda metade do século 19 a escravidão e o racismo científico resultaram na perseguição ao candomblé e na punição de seus seguidores. Com o fim da escravidão, o “baixo espiritismo”, designação por meio da qual candomblé e umbanda foram desqualificados e rebaixados de forma sistemática nos planos moral e religioso, foi mantido sob forte repressão institucional até a década de 1940. Sobre isso Mariano (2001, p. 127) afirma: “Nesse período, preponderaram contra eles acusações de prática ilegal da medicina, curandeirismo e magia negra expressas, documentalmente, em discursos da imprensa, da polícia, da justiça, muitos deles oriundos, inclusive, da pena de diversos intelectuais.”

Nogueira, Sidnei. Intolerância Religiosa (Feminismos Plurais) . Editora Jandaíra. Edição do Kindle.

[2] Os cativos eram transferidos para bordo nus, acorrentados e vigiados de perto por sentinelas armados. Um padre os aspergia de forma displicente com água benta enquanto pronunciava algumas palavras ininteligíveis para eles. Era um ritual de batismo coletivo, no qual recebiam uma nova identidade. A partir dali seriam chamados de José, João, Sebastião, Maria, Catarina, Brígida, Rosa, entre outros nomes, todos cristãos e europeus. Assim, renomeados e batizados, os “gentios” deixavam para trás a “barbárie” e a “selvageria”, segundo as expressões usadas na época pelos portugueses para descrever os costumes na África, e adentravam em um novo e desconhecido mundo.

 

Gomes, Laurentino. Escravidão – Volume II: Da corrida do ouro em Minas Gerais até a chegada da corte de dom João ao Brasil (p. 123). Globo Livros. Edição do Kindle.

[3] Este livro explicou porque as pessoas estão divididas na política e na religião. A resposta não é, como diriam os maniqueístas, porque algumas pessoas são más e outras são boas. Em vez disso, a explicação é que nossas mentes se desenvolveram para que fôssemos moralmente grupais. Somos criaturas profundamente intuitivas cujas sensações guiam nosso raciocínio estratégico. Isso torna difícil – mas não impossível – fazer a conexão com quem vive sob outras matrizes morais, geralmente construídas a partir de diferentes configurações das fundações morais disponíveis. Portanto, da próxima vez que você estiver ao lado de alguém com outra matriz, dê uma chance. Não pule na garganta. Não fale sobre moralidade antes de ter encontrado alguns pontos em comum ou de algum outro modo estabelecer um pouco de confiança. E quando o assunto chegar às questões morais, comece pelo elogio e tente mostrar um interesse sincero. Isto é, estamos todos presos aqui por um tempo. Vamos tentar fazer isso funcionar.

Haidt, Jonathan. A MENTE MORALISTA E AS ORIGENS DA POLARIZAÇÃO CONTEMPORÂNEA (p. 375). Edição do Kindle.

[4] Aparentemente, as pessoas buscam nas crenças religiosas e nos livros sagrados maneiras de justificar, posteriormente, as suas condutas, mas estas condutas são influenciadas por fatores sociais e cognitivos que, muitas vezes, passam despercebidos pelas nossas consciências. A religião, assim como outros tipos de grupos sociais, pode ter influências na moralidade, mas uma das suas características mais centrais e popularmente enfatizadas – as crenças religiosas em si – não parece ter tanta influencia na moralidade das pessoas.

https://www.blogs.unicamp.br/socialmente/2012/02/24/o-que-religiao-tem-a-ver-com-moralidade/

[5] A filósofa russa Helena Petrovna Blavatsky viajou por quase todos os continentes e passou, ao longo de idas e vindas, aproximadamente 7 anos no Tibete. Lá entrou em contato com obras milenares, até então desconhecidas até mesmo por monges locais. Muitas dessas obras eram escritas em idiomas antigos como o senzar, os quais, segundo a autora, eram de mais difícil compreensão do que os hieróglifos egípcios. A Voz do Silêncio, retirada do Livro Tibetano dos Preceitos de Ouro trata-se de um tratado de uma moral metafísica capaz de orientar todo aquele sincero buscador da Sabedoria. Dentro desta obra cada frase é uma mensagem moral profunda, a qual, se aplicada no dia a dia, pode levar o ser humano em direção a si mesmo e ao encontro do seu destino pessoal. “Não deixes que o ardente Sol seque uma única lágrima de dor

antes de tu próprio a teres seco no olho de quem sofre.” A Sabedoria Tibetana, resgatada, traduzida e difundida por Blavastky, pode oferecer ao ser humano respostas válidas, simples e profundas sobre os mistérios da existência. Helena Blavatsky escreveu esta obra de memória nos últimos anos de uma vida quase mitológica, totalmente dedicada a divulgação da luz da antiga sabedoria do Oriente. O livro é formado por três partes,

Helena P. Blavatsky. A Voz do Silêncio . Montecristo Editora. Edição do Kindle.

[6] Desde muito pequeno eu descobri que a maior parte da nossa vida é feita do imprevisível. Recordo perfeitamente de pensar em vários planos juntamente com meu pai, construir uma casa na árvore, adotar uma família de cachorros, viajar pelo mundo. Infelizmente nenhum desses planos foram realizados, e então certo dia ele não estava mais aqui. No dia da sua morte eu estava com ele no banco ao lado, só me lembro de uma luz forte tapar minha visão e após tudo ficou escuro, quando acordei soube que a morte havia o levado na hora do acidente assim como os nossos planos para o futuro. Os primeiros dias foram os mais terríveis, mas depois eu aprendi a viver sem ele, afinal nada poderia fazer. Nesta vida nós só temos certeza do fim. Pode demorar anos, meses, dias, mas todos teremos o mesmo fim. Isso pode soar um tanto melancólico, porém, é a verdade.

Couto, Cristhian . O Internato de Hades: A Inquisição (p. 4). Edição do Kindle.

[7] O Alcorão é o livro sagrado que contém o código religioso, moral e político dos muçulmanos. O texto original em árabe clássico é considerado pelos mulçumanos a palavra textual de Deus, revelada ao Profeta Maomé por intermédio do arcanjo Gabriel. O Alcorão traduzido do árabe por Mansour Challita é a edição mais recomendada pelos estudiosos brasileiros. Nascido na Colômbia, o escritor e tradutor passou a infância e boa parte da juventude no Líbano e durante 15 anos foi ministro plenipotenciário da Liga dos Estados Árabes. Conhecedor da cultura árabe e de suas tradições, Mansour Challita é um mestre do manejo da língua portuguesa fiel à beleza estilística do original.

Maomé, Profeta. O Alcorão (p. 1). Edições Best Bolso. Edição do Kindle.

[8] para a de filosofia, ou moral (...) é alguma coisa de inexplicável, que não está ao alcance de qualquer imitador de estilos ou amadores de contrafação literária”, escreveu no Diário da Tarde, jornal mineiro, também em 1944. Para Teixeira, para fazer um pastiche digno, seria preciso dedicação exclusiva, edições constantes, além de mil e um retoques.

Santi, Alexandre de; Schröder, André. Chico Xavier: A Vida. A Obra. As Polêmicas. . Abril. Edição do Kindle.

[9] Os dois livros aqui apresentados são as escrituras sagradas do povo Yazidi. Os Yazidis são um pequeno povo do oriente médio que fala o dialeto Kurmanji. São um povo estritamente endógamo (casam-se apenas com pessoas de seu próprio povo). O Yazidismo é considerado tanto uma identidade étnica quanto uma religião. Os Yazidis são monoteístas e acreditam em Deus como criador do mundo, o qual foi colocado sob o cuidado de sete seres sagrados frequentemente chamados de anjos ou Heft Sirr (Os Sete Mistérios), cujos nomes são: Azazil, Gabrail, Mikhail, Rafail, Dadrail, Azrafil e Shamkil. Acima destes sete está Tawsê Melek (o nome foi popularizado em inglês como ‘Melek Taus’, a partir de uma má tradução), chamado de ‘Anjo Pavão’.

Ad Adi, Sheikh. Os Livros Sagrados Yazid (p. 4). Edição do Kindle.

[10] dos mortos já que é no seio da terra que os mortos são depositados. Nesse sentido ele desempenha papel muito importante no Livro dos Mortos. Ali ele aparece como um dos deuses que assistem à pesagem do coração do defunto no Saguão das Duas Verdades. A pessoa com integridade moral, conhecedora das palavras mágicas necessárias, seria capaz de se evadir da terra e Geb as guiava para o céu e dava-lhes alimento e bebidas. Os maus, entretanto, seriam presas fáceis de Geb, que, então, aprisionava o morto em seu próprio corpo — a terra. Assim como a deusa Nut era representada freqüentemente na tampa dos ataúdes, Geb era representado no fundo, de maneira que o defunto ficava enclausurado entre as duas divindades. Os egípcios também acreditavam, que nos tempos pré-históricos o país tinha sido governado por deuses, que estavam fisicamente presentes. Algumas

 DENNIS,  JAMES TEACKLE. O LAMENTO DE ISIS: THE BURDEN OF ISIS . Edição do Kindle.



Comentários