PeD a favor dos PcD.MPG





Enviado em 7 de jun de 2010
Impostos e a Pesquisa e Desenvolvimento a favor das Pessoas com Deficiência
Quando se fala em PcD o normal é, primeiro, a discussão semântica e os melindres causados por qualquer expressão. Assim muitos congressos e dezenas de anos se perderam em trabalhos e debates de pouco valor.
Felizmente a expectativa de vida está aumentando muito. Lamentavelmente acidentes criam pessoas com lesões permanentes. Ou seja, dia a dia, em termos percentuais e absolutos aumenta a multidão de seres humanos que depende de próteses, tratamentos especiais e até de ferramentas ajustadas às suas dificuldades. Da residência ao trabalho, do lazer ao templo, dos parques às ruas, em qualquer lugar o idoso, a pessoa com deficiência e até aquela sem qualquer limitação descobrirá dificuldades de comunicação, mobilidade, acessibilidade, segurança e conforto; dignidade, resumindo tudo.
A transformação das cidades em conjuntos de arquivos de gente e de espaços privilegiados para motoristas e seus carros está produzindo uma sociedade mais preocupada com o CO2 do que com a qualidade de vida das pessoas, que não interessavam ao famoso mercado.
O mercado, contudo, está descobrindo o potencial consumidor dos idosos, por exemplo. Ótimo, talvez assim uma parcela significativa da montanha de dinheiro, que se arrecada para Pesquisa e Desenvolvimento, taxas embutidas nas tarifas que pagamos em energia, transporte, etc., vide Fundos Setoriais, seja dedicada a quem não tem saúde perfeita.
A Tecnologia hoje é capaz de levar e trazer seres humanos à Lua, fazer robôs trabalharem a milhares de metros de profundidade, no fundo dos mares, acelerar parcelas atômicas a velocidades incríveis etc., mas não produziu ainda sistemas simples para transformar sons em palavras e/ou símbolos que caibam em laptops de baixo custo. Algo assim, exemplificando, seria de extremo valor para qualquer estudante, participante de seminários, congressos, trabalhador, atendente e atendido em prédios, hospitais, repartições públicas, escolas e por aí afora.
O que intriga é a arrogância, a empáfia ou pura incompetência de quem decide, de quem sabe que isso é possível e não faz nada. Pior ainda, ver o desperdício de dinheiro em pesquisas inúteis porque os gerentes se apaixonam por questões marcianas, estranhas, algo que nossos sociólogos e psicólogos deveriam investigar, ou seja, porque gente aparentemente tão inteligente consegue desperdiçar tanto o seu potencial de saber e fazer.
O mundo dá voltas, vivemos sob democracia, temos leis e milhões de seres humanos que mais cedo ou tarde perceberão como foram submetidos, sem necessidade, a tantos constrangimentos. A história do presente será escrita no futuro, e com certeza teremos muitos produzindo dissertações e teses de doutorado sobre a brutalidade da sociedade atual.
Nós, que sentimos na pele esse problema, procuramos de diversas maneiras, por inúmeros caminhos, incentivar, estimular, provocar pesquisas a favor das pessoas carentes desse tipo de trabalho. Recebemos elogios e o esquecimento de causas que não nos seriam compensadoras de imediato, pois sabemos que tudo isso leva anos, mas certamente ajudariam muito os futuros PcD, talvez essas mesmas pessoas que agora desprezam a importância dos idosos e das pessoas com necessidades especiais.
O voto é nossa arma para mudar nosso mundo, vote certo, escolha cuidadosamente seus candidatos.

Cascaes
7.6.2010

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